quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Olmecas


OLMECAS

Por Laís Mendes Machado, da 6ª Série

Olmeca é o nome  que se dá ao povo que esteve na origem da cultura olmeca, a antiga cultura pré-colombiana da Mesoamérica que se desenvolveu nas regiões tropicais do centro-sul do atual México durante o período pré-clássico, aproximadamente onde hoje se localizam os estados mexicanos de Veracruz e Tabasco, no Istmo de Tehuantepec, numa zona designada área nuclear olmeca.
A Civilização Olmeca floresceu nesta região aproximadamente entre 1500 e 400 a.C., e crê-se que tenha sido a civilização-mãe de todas as civilizações mesoamericanas que se desenvolveram posteriormente.
Apesar da difusão cultural que alcançou por toda a Mesoamérica, exceto na região Ocidente, a região onde se encontraram evidências mais significativas da cultura olmeca foi a parte sul da planície costeira do golfo do México, situada entre os rios Papaloapan e Grijalva, aproximadamente a metade norte do istmo de Tehuantepec. A esta região correspondem o sul do atual estado mexicano de Veracruz e o norte do estado de Tabasco. Trata-se de uma região de clima quente e úmido.
Como a primeira das civilizações da Mesoamérica, os olmecas são creditados, ou especulativamente creditados, por muitas criações, incluindo o jogo de bola mesoamericano, sangria sacrificial e talvez sacrifícios humanos, escrita e epigrafia, e as invenções do zero e do calendário mesoamericano. A sua organização política baseada em reinos de cidades-estado fortemente hierarquizados foi imitada por praticamente todas as civilizações mexicanas e centroamericanas que se lhes seguiram.
Os olmecas poderão ter sido a primeira civilização do hemisfério ocidental a desenvolver um sistema de escrita. Símbolos descobertos em 2002 e 2006 foram datados de 650 a.C. e 900 a.C. respectivamente, precedendo a mais antiga escrita zapoteca datada de 500 a.C.
Há milhares de anos, entre as fronteiras do México e dos Estados Unidos, os olmecas fundaram uma civilização que influenciou a formação cultural de outros povos que habitaram o espaço americano. Antes disso, essa localidade mesoamericana se resumia a presença de algumas populações entre as regiões de pântano e montanha que dominavam uma rudimentar economia agrícola.
O desenvolvimento da civilização olmeca, dado após o período entre 1500 e 1200 a.C., ocorreu graças ao aprimoramento destas técnicas agrícolas, assim puderam vencer as hostilidades do meio e sustentar grandes populações. A partir desse quadro de desenvolvimento, a expansão das áreas ocupadas e o surgimento de núcleos urbanos aconteceram paulatinamente.
A sustentação de muitos desses centros urbanos, erguidos em zonas atingidas por grandes enchentes e secas, ocorreu graças à invenção de um sistema de aquedutos que canalizavam as águas para serem consumidas nas épocas mais quentes. Além disso, podemos observar que a expansão desta civilização também esteve ligada ao desenvolvimento de atividades comerciais, que integraram várias regiões americanas.
A antiga cidade de San Lorenzo é considerada um dos mais significativos polos irradiadores do povo olmeca. Algumas pesquisas sugerem que o processo de desenvolvimento dessa cidade aconteceu graças à vastidão dos recursos hídricos. Além disso, acredita-se que uma elite tenha dominado politicamente o local, tendo em vista a grande quantidade de artefatos luxuosos identificados na região.
Uma das mais eminentes provas desse requinte material de San Lorenzo se atesta na existência de um grande templo repleto de grandes cabeças esculpidas em pedra basalto. Ainda hoje, não se sabe qual o exato significado dessas representações no contexto cultural olmeca. Entretanto, a presença de visíveis traços negroides remonta uma possível e indecifrável presença africana nas Américas.
O esplendor e alto grau de desenvolvimento de San Lorenzo foram perdendo o seu espaço entre os anos de 950 e 900 a.C.. As esculturas foram sendo depredadas e as residências abandonadas. Apesar de não existirem justificações precisas sobre esse episódio da história olmeca, alguns historiadores suspeitam que um conflito interno tenha impulsionado esta debandada.
Na mesma época em que San Lorenzo entrou em visível declínio, a cidade de La Venta se transformou no mais centro aglutinador da cultura olmeca. Até o século IV a.C., esta cidade teve grande importância para tal civilização. Depois disso, talvez pela ação de grandes transformações climáticas, esta região foi sendo desabitada até a extinção definitiva do povo olmeca.
Mesmo com a sua extinção e os limites dos artefatos encontrados, a cultura olmeca impressiona por várias de suas conquistas. Escavações recentes descrevem que este teria sido o primeiro povo a criar um código escrito em todo o mundo Ocidental. Além disso, outras especulações sugerem a criação de uma bússola e a adoção do número “zero” no desenvolvimento de operações matemáticas.
Eles deslizam por rios caudalosos em balsas feitas de grossas estacas de madeira enladados pela densa floresta tropical da América Central, exuberante naqueles longínquos anos de 1 700 a.C.. Conhecem muito bem esses caminhos, pelos quais transportam produtos agrícolas que alimentam um conjunto de povoados que não por acaso se distribuem às margens dessas estradas de água. Mas, dessa vez, não levam abóboras ou feijão: sua carga é muito mais preciosa.
E pesada. As imensas cabeças de pedra podem chegar a 10 toneladas. As imagens sagradas são lapidadas a partir de imensos blocos de rocha basáltica, extraídas de montanhas a 100 quilômetros rio acima e graças ao esforço desses quase 2 mil homens são transportadas para seu local de adoração. Elas são as imagens mais conhecidas do povo olmeca, uma civilização dedicada à agricultura e ao comércio, que prosperou em torno de um núcleo de cidades como La Venta, San Lorenzo, Tres Zapotes e Laguna de los Cerros.
Os olmecas, a mais antiga civilização da América, ocuparam uma área relativamente restrita de 18 mil quilômetros quadrados, no que hoje corresponde ao sul do México, nos estados de Veracruz e Tabasco. Sua vasta rede comercial e traços de sua influência, no entanto, porém, podem ser notados em outras regiões, como Michoacán, Oaxaca, Morelos, Guerrero, Chiapas e, ainda mais longe, na Guatemala e em El Salvador, onde foram encontrados objetos como estatuetas de jade e potes de cerâmica. São esses achados, além das grandes cabeças de pedra, que estão revelando ao mundo os conhecimentos olmecas

Significado do nome:  O nome " Olmeca " significa " os povos de borracha " no nahuatl , a língua dos povos de Mexica (" aztec "). Os Olmecas extraíam o latex do elastica de Castilla , um tipo da árvore de borracha da área. Não se sabe ao certo que nome o Olmeca antigo usou para se chamar Um outro termo usou-se às vezes descrever estes povos é "tenocelome", que significa "boca do jaguar."

O QUE  DEIXARAM PARA A NOSSA CIVILIZAÇÃO:

Os Olmecas construíram um grande centro cerimonial em (1250 a.C): San Lorenzo. Seus artífices levantaram uma grande plataforma com 45 metros de altura, alinhando praças rectangulares de norte a sul.A arte olmeca também é surpreendente. Sabiam esculpir em jade pequenas imagens ao mesmo tempo em que faziam grandes cabeças de pedra, cujo peso foi calculado em 20 toneladas. As figuras representadas são de homens com traços (lábios e nariz) grossos. Frequentemente , esculpiam uma figura, meio homem meio jaguar, que era repetida em inúmeros objetos. A principal cidade (de que temos conhecimento) construída pelos Olmecas, foi San Lorenzo. Nela estão as cabeças colossais que devem representar seus líderes entre 1200 e 900 a.C.. A cidade disseminou sua influência tanto ao Norte como ao Sul, por meios pacíficos e belicosos. A construção dos seus monumentos demonstra que foi necessário um grande esforço para se obter o efeito monumental que desejavam. Como não conheciam a roda nem utilizavam animais para a tracção, essa energia sobre-humana foi gasta por aqueles homens que viviam nas proximidades dos centros cerimoniais e que, de alguma forma, eram obrigados a desempenhar tal esforço. Por volta de 900 a.C., uma luta interna destruíu San Lorenzo e seus enormes monumentos foram aniquilados, senão totalmente, pelo menos em parte. Mas, a cultura iria reflorescer em outro lugar: La Venta. Como se vivessem num eterno desafio novas cabeças foram erguidas em La Venta, de proporções ainda maiores. As construções, dadas as suas dimensões, são admiráveis para a época. Surpreende-nos também os conhecimentos astronómicos e as habilidades nos cálculos. Os olmecas tinham preocupação de memorizar as datas dos acontecimentos que consideravam mais importantes. Assim, passavam o seu saber de uma geração para a outra. Usavam símbolos pictóricos para escrever. Geralmente eles eram esculpidos em madeira, infelizmente, material perecível. Por este motivo, são raros os que sobraram para serem analisados pelos arqueólogos. Em 400 a.C., La Venta foi destruída da mesma forma que San Lorenzo. Os olmecas ficaram em Três Zapotes até 200 a.C., sem construir cabeças colossais apenas produzindo o artesanato olmeca.

   .

       Em suma, a importância da civilização olmeca é muito grande para nós, porque será a base para o desenvolvimento de outras civilizações. Dentre os exemplos significativos, vale a pena lembrar os astecas e os maias, que serão herdeiros capazes de repensar o calendário e a escrita olmeca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário