quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dom Pedro II



 Por Leonardo  de Souza Sommer, da 7ª Série

D. Pedro II nasceu no Palácio de São Cristóvão (Quinta da Boa Vista), Rio de Janeiro-RJ, a 2 de dezembro de 1825 e faleceu em Paris, a 5 de dezembro de 1891. Filho de D. Pedro I e sua mulher, a Imperatriz Leopoldina, recebeu na pia batismal o nome de Pedro de Alcântara João Carlos Salvador Bebiano Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Gonzaga.

Foi aclamado a 7 de abril de 1831, no dia da abdicação de seu pai, tendo como tutor José Bonifácio de Andrada e Silva. Proclamado maior a 23 de julho de 1840, foi coroado a 18 de julho do ano seguinte. O reinado de D. Pedro II teve início, portanto no dia da proclamação de sua maioridade e terminou com a sua deposição a 15 de novembro de 1889, com o advento do regime republicano.

Em 1833, José Bonifácio foi destituído da tutoria, sendo designado pela Assembléia-Geral do Império para substituí-lo Manoel Inácio de Andrade Souto Maior, Marquês de Itanhaém.

Teve como mestres os nomes mais conspícuos de professores de sua época, que o instruíram e, principalmente, o formaram, sob a orientacão do preceptor, o carmelita Frei Pedro de Santa Mariana mais tarde bispo de Crisópolis, que lhe ensinou a doutrina católica, latim e matemática.

Casou-se em 1842, com a Princesa Teresa Cristina Maria, filha de Francisco I, rei das Duas Sicílias, e de sua mulher Maria Isabel de Bourbon. Desse casamento nasceram quatro filhos: Afonso (1845-1847), Isabel, chamada a Redentora (1846 -1921), Leopoldina (1847 - 1871 ) e Pedro (1848 - 1850) . A morte dos dois varões foi um rude golpe para o Imperador.

Pedro II deu ao Brasil 49 anos de paz interna, prosperidade e progresso. Durante o seu reinado foi aberta a primeira estrada de rodagem, a União e Indústria; correu a primeira locomotiva a vapor; foi instalado o cabo submarino; inaugurado o telefone e instituído o selo postal.

O imperador magnânimo e mecenas, ao cabo de proveitoso reinado, recebe a República como um movimento natural da evolução brasileira, deixando a pátria estremecida, formulando "ardentes votos por sua grandeza e prosperidade".

Morto no exílio, em Paris, aos 66 anos, deu-lhe a Franca funerais régios, fazendo depositar o corpo no Panteão dos Bragança, no Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa.

Por fim, revogada a Lei do Banimento, foram seus restos mortais transladados para o Brasil onde repousam em Petrópolis, na Catedral cuja construção teve início sob seu generoso patrocínio

D. Pedro II foi o sétimo filho de D. Pedro I e da arquiduquesa Dona Leopoldina de Áustria, porem ele era um dos filhos que mais se destacava . Sucedeu ao seu pai, que abdicara em seu favor para retomar a coroa de Portugal, à qual renunciara em nome da filha mais velha,D. Maria da Glória. Pelo lado paterno, era sobrinho de Miguel I de Portugal, enquanto, pelo lado materno, sobrinho de Napoleão Bonaparte e primo dos imperadores Napoleão II da França, Francisco José I da Áustria e Maximiliano I do México. Sendo o irmão mais novo de D. Maria da Glória, também fora tio de D. Pedro V e D. Luís I, reis de Portugal.
Pedro II governou de 1840, quando foi antecipada sua maioridade, até 1889 ano em que foi deposto com a proclamação da república brasileira. Além dos registros históricos e jornalísticos da época, Pedro II deixou à posteridade 5.500 páginas de seu diário registradas a lápis em 43 cadernos, além de correspondências, que nos possibilitam conhecer um pouco mais do seu perfil e pensamento.
Ele é, ainda hoje, um dos personagens mais admirados do cenário nacional, e é lembrado pela defesa à integridade da nação, ao incentivo à educação e cultura, pela defesa à abolição da escravidão e pela diplomacia e relações com personalidades internacionais, sendo considerado um príncipe filósofo por Lamartine, um neto de Marco Aurélio por Victor Hugo e um homem de ciência por Louis Pasteur e ganhando a admiração de pensadores como Charles Darwin, Richard Wagner, Henry Wadsworth Longfellow e Friedrich Nietzsche. Durante todo a sua administração como imperador, o Brasil viveu um período de estabilidade e desenvolvimento econômico e grande valorização da cultura, além de utilizar o patriotismo como força de defesa à integridade nacional. Apesar de, muitas vezes, demonstrar certo desgosto pelas intensas atividades políticas, o último imperador do Brasil construiu em torno de si uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros.


Fontes
-http://www.psg.com/~walter/dpii.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_II_do_Brasil

Dom Pedro I - Brasil ou Dom Pedro IV - Portugal

Por Leonardo Honesco, da 7ª Série


Dom Pedro I - Brasil
Dom Pedro IV - Portugal
***
Término do Reinado:   7 de abril de 1831 (Brasil)
                                28 de maio de 1826 (Portugal)
Aclamação: 12 de outubro de 1822,
Capela Imperial, Rio de Janeiro
Predecessor: D. João VI (Portugal)
Inexistente (Brasil)
Sucessor: D. Pedro II (Brasil)
D. Maria II (Portugal)
Pai:   D. João VI
Mãe: D. Carlota Joaquina
Data de Nascimento:     12 de outubro de 1798
Local de Nascimento:     Palácio de Queluz, Portugal
Data de Falecimento:      24 de Setembro de 1834 (35 anos)
Local de Falecimento:     Palácio de Queluz, Portugal
Consortes:    Maria Leopoldina de Áustria
                   Amélia de Leuchtenberg
Príncipe Herdeiro:         D. Pedro II (Brasil)
                                     D. Maria II (Portugal)
Dinastia:    Bragança

D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal, nome completo: Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon (Queluz, 12 de outubro de 1798 — Queluz, 24 de setembro de 1834) foi o primeiro imperador do Brasil (de 1822 a 1831) e 28º rei de Portugal (durante sete dias de 1826).

Recebeu os títulos de infante, grão-prior do Crato, príncipe da Beira, príncipe do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, príncipe regente do reino unido de Portugal, Brasil e Algarves além de primeiro imperador do Brasil, como D. Pedro I, de 12 de outubro de 1822 a 7 de abril de 1831, e ainda 28º rei de Portugal (título herdado de seu pai, D. João VI), durante um período de sete dias (entre 26 de abril e 2 de maio de 1826), como D. Pedro IV.

Em Portugal é conhecido como O Rei-Soldado, por combater o irmão D. Miguel na Guerra Civil de 1832-34 ou O Rei-Imperador. É também conhecido, de ambos os lados do oceano Atlântico, como O Libertador — Libertador do Brasil do domínio português e Libertador de Portugal do governo absolutista.



Pedro de Alcântara nasceu em Queluz, Portugal, em 12 de outubro de 1798, sendo filho de D. João VI de Portugal, rei de Portugal, Brasil e Algarves e Dona Carlota Joaquina de Bourbon, infanta da Espanha. Seus avós paternos eram D. Pedro III, rei de Portugal e Algarves e dona Maria I, rainha de Portugal e Algarves, enquanto seus avós maternos eram D. Carlos IV, rei da Espanha e dona Maria Luísa, princesa de Parma. Era o quarto filho, e segundo varão de seus pais, e não era esperado que um dia viesse a ascender ao trono.

Em 1807, D. João VI, preocupado com os acontecimentos na Europa, realizou um plano de enviar o seu filho mais velho para o Brasil e assim impedir que a mais valiosa colônia portuguesa pudesse sofrer o mesmo destino das colônias espanholas.
Entretanto, a invasão de Portugal por tropas de Napoleão Bonaparte o fizeram mudar de idéia e decidiu-se pela transmigração não só da Família Real portuguesa, mas de todo aparato estatal do império lusitano.
No Brasil, D. Pedro viveu no Palácio da Quinta da Boa Vista em São Cristóvão junto com seu pai e D. Miguel, mas também residiu na Fazenda de Santa Cruz e no Paço Imperial.
D. Pedro e seu irmão D. Miguel compartilhavam a aparência, o temperamento e afeições. Ambos possuíam uma relação de amor e ódio um com o outro, e brincavam e brigavam quando crianças. Na infância, os dois irmãos criavam pequenos regimentos formados por amigos que se combatiam simulando batalhas entre exércitos.
A predileção de D. Pedro pela vida militar não se restringiu apenas à infância, e mesmo como adulto manteve o gosto pela carreira.

A Pessoa de D. Pedro
De acordo com Isabel Lustosa, D. Pedro se "bem que não fosse bonito, era simpático, bem constituído, de cabelos pretos e anelados; tinha nariz aquilino, olhos pretos e brilhantes, uma boca regular e dentes muito alvos".
Para José Murilo de Carvalho, ele era "comandado por emoções, às vezes contraditórias, a que não aprendera a impor barreira alguma. Era impulsivo, romântico, autoritário, ambicioso, generoso, grosseiro, sedutor. Era capaz de grandes ódios e grandes amores".
Heitor Lyra o define da seguinte maneira:
“De temperamento, era um impulsivo. Volúvel até os extremos, era capaz dos maiores egoísmos e das mais largas generosidades. Tudo nele era incompleto: mal educado, mal guiado, mal aconselhado, faltou-lhe sempre o senso da medida. Mas, como todas as naturezas espontâneas, tinha um fundo de grande bondade.
Herdou do velho Rei seu pai a liberalidade […]. Tinha, da mãe, sobretudo, a impetuosidade. Foi essa impetuosidade, aliada ao seu estabanado cavalheirismo, que o levou a libertar dois povos.
Um punhado, largo, de boas qualidades: bravura, honestidade, desprendimento pessoal, idealismo. E um acentuado desejo de bem fazer – o que o não impedia de ser, muita vez, injusto e agressivo até com os seus melhores amigos.”

D Pedro e a Escravidão
D. Pedro I não acreditava em diferenças raciais e muito menos em uma presumível inferioridade do negro como era comum à época e perduraria até o final da II Guerra Mundial. O Imperador deixara clara a sua opinião sobre o tema:
"Eu sei que o meu sangue é da mesma cor que o dos negros".
Era também completamente contrario a escravidão e pretendia debater com os deputados da Assembléia Constituinte uma forma de extingui-la.
O monarca acreditava que a melhor maneira de eliminar a escravidão seria de uma maneira gradual em conjunto com a imigração de trabalhadores europeus para substituir a mão-de-obra que viria a faltar.

Educação e Habilidades do Jovem D. Pedro
O início da instrução de D. Pedro coube a "Austera e Grave" dona Maria Genovena do Rego e Matos e em seguida tornou-se responsabilidade do erudito Frei Antônio de Nossa Senhora de Salete. O clérigo lhe ensinou o catecismo e latim. Seu ensino na língua latina foi aperfeiçoado pelo Frei Antônio de Arrábida, futuro Bispo de Anemúria. Também foi educado em matemática, disciplina pela qual D. Pedro era "apaixonado", pelo "cultíssimo" João Monteiro da Rocha, que ao falecer em 10 de dezembro de 1819, legou a D. Pedro a sua vasta biblioteca pessoal.

Em 1818, quando tinha 19 anos, casa-se com a Arquiduquesa Dona Leopoldina, filha do Imperador Francisco I da Áustria, e de sua segunda esposa, Maria Teresa de Bourbon, Princesa das Duas Sicílias, de um ramo dos Bourbons franceses. Francisco I e Maria Teresa foram os últimos imperadores do Sacro Império Romano Germânico e os primeiros da Áustria. Leopoldina era sobrinha-neta da rainha Maria Antonieta e irmã da segunda imperatriz dos franceses, Maria Luísa da Áustria.


A cerimônia foi realizada na Igreja de Santa Ifigênia, na Rua da Alfândega, tendo o cortejo nupcial desfilado pela Rua Direita, (atual Rua 1º de Março). Nela, dizem os historiadores que se dançou pelas ruas o Catupé, variedade de Congo, antigamente ligado a festejos religiosos e, depois, ao Carnaval.


D. João VI Volta a Portugal
Em março de 1816, com a morte de Dona Maria I, a Louca e a elevação de seu pai a Rei de Portugal, recebeu o título de Príncipe Real e Herdeiro do Trono (o irmão mais velho, Antônio Príncipe da Beira, falecera em 1801).



O Dia do Fico
Preocupada com a evolução do Brasil, a elite política portuguesa pressionava as cortes que redigiam a Constituição Portuguesa a rebaixar novamente à categoria de colônia o Brasil (que tinha sido elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves). Pressionado por essas cortes, D. João VI assinou um documento que tornava inefetivo o título de príncipe regente do Brasil concedido a D. Pedro I. Uma ordem judicial exigiu a volta imediata do príncipe a Portugal. Foi enviada uma frota ao Rio de Janeiro, destinada a repatriá-lo.
Após ter recebido um abaixo-assinado com centenas de assinaturas (conhecido como Petição do Fico), que pedia que ele permanecesse no Brasil, o regente recusou-se a embarcar para a Europa.
Em 9 de janeiro de 1822, pronunciou, em um episódio que ficou conhecido como Dia do Fico, a frase histórica:
"Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico!"
Declarando também que nenhuma ordem das cortes portuguesas seria cumprida no Brasil sem a sua autorização.

Proclamação da Independência

Em abril a popularidade do príncipe foi comprovada durante uma viagem a Minas Gerais. De lá seguiu para São Paulo, a fim de pacificar rebeliões na província.
Em 7 de setembro de 1822, quando ia de Santos para a capital paulista, recebeu notícias de Portugal por cartas de José Bonifácio e da esposa Maria Leopoldina da Áustria, contando-lhe que havia promulgado a independência brasileira, uma vez que a corte portuguesa exigia o seu retorno e com isso não acontecendo, programava uma ação militar contra o Brasil. Foi então que, junto ao riacho do Ipiranga na província de São Paulo, o herdeiro de D. João VI proferiu o famoso Grito do Ipiranga:

"Independência ou Morte!".


A Coroação de Dom Pedro
D. Pedro I contou, naturalmente, com o apoio do "povo" e, de volta ao Rio de Janeiro, em 12 de outubro de 1822, foi proclamado imperador e "defensor perpétuo do Brasil".
Em 1º de dezembro 1822, Dom Pedro foi sagrado e coroado, Dom Pedro I, Imperador do Brasil.
A Independência do Brasil foi contestada em território brasileiro por tropas do Exército Português, especialmente nas regiões onde, por razões estratégicas, elas se concentravam, a saber, nas províncias da Cisplatina, da Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Grão-Pará (Guerra da Independência do Brasil).
A Independência do Brasil foi oficialmente reconhecida por Portugal e pelo Reino Unido somente em 1825.
A imagem de D. Pedro I foi distribuída para todas as províncias do império à época de sua coroação, em dezembro de 1822. Era possível vê-la em calendários, canecas e capas de livros. Desse modo, rituais de aclamação poderiam ser levados a efeito nas vilas mais remotas dispensando-se a presença física do imperador (Souza 1999: 263 e ss).

Império do Brasil

Constituição Imperial
A visão histórica ensinada nas escolas até os dias atuais é a de que um dom Pedro I autoritário e despótico teria entrado em conflito com a liberal e democrática Assembléia, fechando esta última contra a vontade do povo brasileiro e acabando por outorgar (impôr) uma Constituição de cunho absolutista sobre o país. Trata-se de uma invenção posterior dos republicanos para desmoralizar o passado monárquico do Brasil. A realidade dos fatos foi completamente diversa.

Constituinte de 1823
No dia 3 de março de 1823, a Assembléia Geral Constituinte e Legislativa do Império do Brasil, iniciou sua legislatura com o intento de realizar a primeira Constituição Política do país. No mesmo dia, D. Pedro I discursou para os deputados reunidos, deixando clara a razão de ter afirmado durante sua coroação no final do ano anterior que a Constituição deveria ser digna do Brasil e de si (frase esta que fora idéia de José Bonifácio e não do Imperador):
“Como Imperador Constitucional, e mui especialmente como Defensor Perpétuo deste Império, disse ao povo no dia 1º de dezembro do ano próximo passado, em que fui coroado e sagrado – que com a minha espada defenderia a Pátria, Nação e a Constituição, se fosse digna do Brasil e de mim…, uma Constituição em que os três poderes sejam bem divididos… uma Constituição que, pondo barreiras inacessíveis ao despotismo quer real, aristocrático, quer democrático, afugente a anarquia e plante a árvore da liberdade a cuja sombra deve crescer a união, tranquilidade e independência deste Império, que será o assombro do mundo novo e velho.
Todas as Constituições, que à maneira de 1791 e 1792 têm estabelecido suas bases, e se têm querido organizar, a experiência nos tem mostrado que são totalmente teóricas e metafísicas: assim o prova a França, a Espanha e, ultimamente, Portugal. Elas não tem feito, como deviam, a felicidade geral, mas sim, depois de uma licenciosa liberdade, vemos que em uns países já aparecem, e em outros ainda não tarda a aparecer, o despotismo em um, depois de ter sido exercido por muitos, sendo consequência necessária ficarem os povos reduzidos à triste situação de presenciarem e sofrerem todos os horrores da anarquia.”



Bom Pai
Apesar das possíveis aparências, muitos biógrafos consideram D. Pedro um pai zeloso pelo menos com a maior parte de sua prole, fosse ela legítima ou não. Procurou, na medida do possível, cuidar pessoalmente da educação de todos, chegando inclusive a se indispor com D. Leopoldina quando exigiu que a duquesa de Goiás fosse educada juntamente com as princesas imperiais.


Coroas de D. Pedro

-Rei da Grécia
-Rei de Portugal e dos Algarves
-Rei da Espanha - Imperador da Ibéria


Guerra da Cisplatina
A região onde se situa atualmente o Uruguai foi inicialmente colonizada por Portugal, em 1679. Os portugueses fundaram a vila de Sacramento, e por quase cem anos a região permaneceu praticamente em suas mãos. Esta colônia mais ao sul da América portuguesa era importante, pois, controlando o estuário do Prata seria possível manter a comunicação com os regiões interiores que hoje formam o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (preocupação esta que os brasileiros iriam herdar e que viria a resultar mais tarde na Guerra do Paraguai).


Duque de Bragança
Guerras Liberais
D. Pedro I retorna à Europa onde assume a liderança da luta para restaurar os direitos da filha, usurpados por D. Miguel. Desembarca inicialmente na Normandia em 10 de junho de 1831 chegando a Cherbourg, onde permanece até 24 de junho, quando parte para a Inglaterra. Há ecos de sua estada nos jornais locais.



Em 24 de julho de 1834, depois da batalha de Lisboa, ganha pelo marechal-duque da Terceira, os liberais derrotam os miguelistas.

Morte
As cortes de agosto de 1834 confirmam a regência de D. Pedro I, que repõe a filha no trono português. Apesar de ter reconquistado o trono português para sua filha, D. Pedro I voltou tuberculoso da campanha e morreu em 24 de setembro de 1834, pouco depois da Convenção de Évoramonte (que selara a vitória da causa liberal, de que se fizera paladino), no palácio de Queluz, no mesmo quarto e na mesma cama onde nascera 36 anos antes.
Ao seu lado, na hora da morte, estavam D. Amélia e D. Maria II.
Foi sepultado no Panteão dos Braganças, na Igreja de São Vicente de Fora. O seu coração foi doado, por decisão testamentária, à Igreja da Lapa, no Porto, onde se encontra conservado, como relíquia, num mausoléu na capela-mor da igreja, ao lado do Evangelho.

D. Pedro I é visto atualmente pelos brasileiros como um déspota arbitrário e absolutista que estava mais preocupado com as diversas amantes do que com o Brasil. Esta visão é fruto da propaganda realizada primeiramente pelos liberais federalistas contra o monarca e seguida mais tarde pelos republicanos para desacreditarem o período monárquico brasileiro.


Otto Von Bismarck


Por Fabiano Aita Bruno Junior, da 7ª Série
                  (1ºde Abril de 1815-30 de Julho de 1898)
                Tem como seu nome completo  Otto Leopold Edvard Von Bismarck-Schönhausen e já foi príncipe,duque,nobre,diplomata e político prussiano onde seus mandatos foram de 1865 à 1890 e também foi conecido como Chanceler de Ferro pelo Império Alemão.
               Lutou contra o crescente movimento social aristocrata na década de 1880 criando a lei do acidente de trabalho
               Estudou em Friedrich-Wilhelm e Graues Kloster e estudou Direito na Universidade de Göttingen e seu melhor amigo foi John Lothrop Motley e como esposas Laura Russel e Isabela Loraine-Smith e não se casou com nenhuma das duas.Foi para o exército e ficou por um ano e se tornou oficial.Trabalhou depois como administrador  judicial e depois embaixador em São Petesburgo e em Paris onde conheceu Napoleão III.
           Em 1864 levou a Prússia em uma vitória gloriosa contra a Dinamarca e também ganhou da Áustria em 1866 e em 21 de março de 1871 considerado herói foi considerado príncipe e chanceler imperial do Reich.
          Em 1873 fez uma moeda só para o estado.Presidiu o congresso de Berlim de 1878

Dom Pedro I


Don Pedro  I

Por Amanda Rocha Mendonça, da 7ª Série

Principal responsável pela Independência do Brasil, D. Pedro foi o primeiro imperador do país e 27° rei de Portugal, com o título de Pedro 4°. Filho do então monarca D. João 6°, que na época governava Portugal, Brasil e Algarves, e da rainha Carlota Joaquina de Bourbon, Pedro viveu em Portugal até os 9 anos, quando teve que vir juntamente com a família real para o Brasil por ocasião da invasão dos franceses a Portugal, em 1807. compositor do Hino Nacional de Portugal até 1920 e do Hino à Independência do Brasil. D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal, nome completo: Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon (Queluz, 12 de outubro de 1798 — Queluz, 24 de setembro de 1834) foi o primeiro imperador do Brasil (de 1822 a 1831) e 28º rei de Portugal (durante sete dias de 1826).Em Portugal é conhecido como O Rei-Soldado, por combater o irmão D. Miguel na Guerra Civil de 1832-34 ou O Rei-Imperador. É também conhecido, de ambos os lados do oceano Atlântico, como O Libertador — Libertador do Brasil do domínio português e Libertador de Portugal do governo absolutista.
Infância e Juventude
O falecimento de seu irmão mais velho, D. Antonio de Bragança, em 1801, tornou-o o herdeiro de seu pai, então regente em nome de dona Maria I.
O príncipe passou a infância no Palácio de Queluz, onde também nascera, e convivera com a avó paterna, que estava completamente insana. Sua mãe não lhe dava muita atenção, preferindo voltar-se para seu irmão mais novo, D. Miguel. Seu pai o estimava muito, considerando-o o filho predileto, mas por ser reservado e sofrer de depressão, mantinha pouco contato com o seu herdeiro.Em 1807, D. João VI, preocupado com os acontecimentos na Europa, realizou um plano de enviar o seu filho mais velho para o Brasil e assim impedir que a mais valiosa colônia portuguesa pudesse sofrer o mesmo destino das colônias espanholas.
Entretanto, a invasão de Portugal por tropas de Napoleão Bonaparte o fizeram mudar de idéia e decidiu-se pela transmigração não só da Família Real portuguesa, mas de todo aparato estatal do império lusitano.
No Brasil, D. Pedro viveu no Palácio da Quinta da Boa Vista em São Cristóvão junto com seu pai e D. Miguel, mas também residiu na Fazenda de Santa Cruz e no Paço Imperial.
D. Pedro e seu irmão D. Miguel compartilhavam a aparência, o temperamento e afeições. Ambos possuíam uma relação de amor e ódio um com o outro, e brincavam e brigavam quando crianças. Na infância, os dois irmãos criavam pequenos regimentos formados por amigos que se combatiam simulando batalhas entre exércitos.
A predileção de D. Pedro pela vida militar não se restringiu apenas à infância, e mesmo como adulto manteve o gosto pela carreira. Anos mais tarde, em 1825, um estrangeiro diria que não havia no Brasil pessoa melhor que o então Imperador no manejo com armas.
As principais atividades do herdeiro da coroa portuguesa até os seus dezesseis anos de idade foram os exercícios físicos, a equitação e a marcenaria. Seu interesse pelos cavalos não se restringia a apenas montar, mas também cuidava dos mesmos, arreando dando banho e até mesmo os ferrando.
Na mocidade se divertia indo as tavernas do Rio de Janeiro, que freqüentava em companhia dos empregados do palácio, mas sempre disfarçado para que não fosse reconhecido. Em uma dessas andanças noturnas conheceu Francisco Gomes da Silva, que mais tarde se tornaria um dos seus mais fiéis amigos e seria conhecido como o "Chalaça".
D Pedro e a Escravidão
D. Pedro I não acreditava em diferenças raciais e muito menos em uma presumível inferioridade do negro como era comum à época e perduraria até o final da II Guerra Mundial. O Imperador deixara clara a sua opinião sobre o tema:
"Eu sei que o meu sangue é da mesma cor que o dos negros".
Era também completamente contrario a escravidão e pretendia debater com os deputados da Assembléia Constituinte uma forma de extingui-la.
O monarca acreditava que a melhor maneira de eliminar a escravidão seria de uma maneira gradual em conjunto com a imigração de trabalhadores europeus para substituir a mão-de-obra que viria a faltar.Poucas foram as pessoas que se aliaram a D. Pedro na primeira metade do século XIX na luta pelo fim da escravidão, tais como: José Bonifácio, João Severiano Maciel da Costa e Hipólito da Costa. A maior parte, entretanto, permaneceu hostil as idéias abolicionistas. Seriam necessárias várias décadas até que o seu filho, D. Pedro II e sua neta, a princesa Isabel, lograssem convencer a sociedade brasileira da necessidade de extinguir a escravidão, que era chamada de "cancro [câncer] social".
De acordo com José Murilo de Carvalho, a prova da força da escravidão é o fato de que nenhuma das muitas revoltas regenciais propôs sua abolição geral.
Quando os Malês se rebelaram em 1835, buscavam a liberdade apenas para os irmãos de fé muçulmana.
O abolicionismo de D. Pedro I e de D. Pedro II viria a custar à coroa de ambos.
Casamento :
Com Leopoldina de Habsburgo
Em 1818, quando tinha 19 anos, casa-se com a Arquiduquesa Dona Leopoldina, filha do Imperador Francisco I da Áustria, e de sua segunda esposa, Maria Teresa de Bourbon, Princesa das Duas Sicílias, de um ramo dos Bourbons franceses. Francisco I e Maria Teresa foram os últimos imperadores do Sacro Império Romano Germânico e os primeiros da Áustria. Leopoldina era sobrinha-neta da rainha Maria Antonieta e irmã da segunda imperatriz dos franceses, Maria Luísa da Áustria.A cerimônia foi realizada na Igreja de Santa Ifigênia, na Rua da Alfândega, tendo o cortejo nupcial desfilado pela Rua Direita, (atual Rua 1º de Março). Nela, dizem os historiadores que se dançou pelas ruas o Catupé, variedade de Congo, antigamente ligado a festejos religiosos e, depois, ao Carnaval.Do enlace nasceram, entre outros filhos, D. Maria da Glória (1819), Rainha de Portugal como Dona Maria II, e D. Pedro de Alcântara (1825), sucessor do pai como Imperador do Brasil com o título de D. Pedro II.

Com Amélia Augusta de Beauharnais
Viúvo desde 11 de dezembro de 1826, em agosto de 1829 contrai segundas núpcias por procuração com Amélia de Beauharnais, Princesa da Baviera, Duquesa de Leuchtenberg, neta da Imperatriz Josefina da França, esposa repudiada de Napoleão Bonaparte.
Morte
As cortes de agosto de 1834 confirmam a regência de D. Pedro I, que repõe a filha no trono português. Apesar de ter reconquistado o trono português para sua filha, D. Pedro I voltou tuberculoso da campanha e morreu em 24 de setembro de 1834, pouco depois da Convenção de Évoramonte (que selara a vitória da causa liberal, de que se fizera paladino), no palácio de Queluz, no mesmo quarto e na mesma cama onde nascera 36 anos antes.
Ao seu lado, na hora da morte, estavam D. Amélia e D. Maria II.
Foi sepultado no Panteão dos Braganças, na Igreja de São Vicente de Fora. O seu coração foi doado, por decisão testamentária, à Igreja da Lapa, no Porto, onde se encontra conservado, como relíquia, num mausoléu na capela-mor da igreja, ao lado do Evangelho.

Civilização Maia


                  Os maias

Por Georgia de Siqueira Rossetto, 6ª Série  

A civilização maia iluminou por mais de três mil anos grande parte da atual Mesoamérica, que ainda é habitada por seus descendentes. Os vestígios, as conquistas e os mistérios que deixaram como legado também podem ser explorados via Internet. Uma grande quantidade de sites em diversos idiomas dedica-se a explorar esta civilização e seus incríveis rastros. A categoria deCultura Maia no buscador do Yahoo! tem cerca de 60 sugestões de sites, incluindo alguns projetos de arqueologia oferecidos aos interessados em participar de suas escavações.
“Da esplêndida paisagem surgiu uma civilização altamente desenvolvida que floresceu enquanto a Europa se encontrava submersa no obscurantismo”, lembra o portal do Mundo Maya. No site Uma Luz nas Selvas da Mesoamérica afirma-se que “a base do pensamento maia concretizou-se em harmonia: criatividade e receptividade, céu e terra, vida e morte, dia e noite, masculino e feminino, bem e mal”.
Os maias tiveram um desenvolvimento da arquitetura que lhes permitiu construir grandes edificações como parte de cidades no meio da selva. As construções sobreviveram através de três séculos e inclusive milênios, e atualmente são fonte constante de admiração.
Os arqueólogos também descobriram a capacidade matemática dos maias, um calendário de grande precisão, detalhes sobre sua organização política em cidades-Estado e detalhes de sua vida cotidiana, incluindo os jogos. Algumas dessas descobertas são explicadas no site Coelho na Lua, em inglês. Ainda não se sabe tudo sobre os maias, grande parte de seu legado foi destruída depois da chegada dos europeus ao novo mundo.
Sua história está cercada de mistérios. Por que os povos que habitavam essa região mesoamericana conseguiram esse desenvolvimento? O que causou o fim de uma civilização tão desenvolvida? Essa civilização inclui o extremo sudeste do México, os territórios da Guatemala e Belize e o ocidente de Honduras e El Salvador. Nessas regiões ainda vivem cerca de 4,5 mil descendentes dos maias, que falam línguas herdadas do passado. E se trata de uma região que recebe legiões de turistas. A maioria interessada em explorar o legado dos maias.

Toltecas



                                          
 Por Vitor, da 6ª Série

Os Toltecas foram um povo pré-colombiano, nativo do México que emigrou do norte do chamado agora México, em torno do ano 700 d.C. a grande cidade de Teotihuacán, e estabeleceram sua base militar em Tula no estado de Hidalgo, a 64 km ao norte da moderna Cidade do México, no século X d.C, permanecendo até o século XII d.C
A antiga capital tolteca revela pistas sobre as crenças e comportamento de seus habitantes. Com o aparecimento dos chichimecas, povo barbaro que deu origem posteriormente ao império  Asteca, provocou a queda do Imperio Tolteca. Eles invadiram Tula, no século XII, dominando-a por completo.
Após a conquista espanhola, a tradição escrita dos toltecas foi reunida em crônicas como A história geral das coisas da Nova Espanha, de frei Bernardino de Sahagún, e a História tolteca-chichimeca. Segundo essas fontes, já no século VII ondas migratórias seguiam para o vale do México. Uma grande e repentina invasão, porém, teria acontecido no ano 900, quando grupos nômades de língua náuatle, procedentes do noroeste do México, conquistaram a decadente Teotihuacan, que fora um dia a maior cidade da América pré-colombiana. A civilização tolteca foi o resultado da fusão desses povos.

Os sinais de guerras e de conflitos podem ser percebidos nas ruínas de monumentos e construções. Os toltecas que sobreviveram à ira dos inimigos fugiram para outras regiões do México.
 Hoje em dia, a palavra Tolteca tem uma séria de significados principalmente para nós que vivemos em grandes cidades, no meio urbano, por diversos países. Podemos encontrar livros, artigos, conferências, seminários, música e muitas outras coisas relacionadas com a palavra Tolteca. Porém quem foi na realidade os Toltecas?
Nenhuma palavra poderá ser a última sobre os Toltecas, segundo Don Sanchez, em seu livro “Toltecas do Novo Milênio”, existem sobreviventes Toltecas no México, nos nossos dias.
Um pouco sobre a cultura Tolteca é que foi o primeiro estado político-militar pré-colombiano foi o império tolteca, entre os séculos X e XII da era cristã. Comprovadamente, os toltecas introduziram na Meso-América o calendário, a escrita e o trabalho em metal, o que marca o início do período pós-clássico.

Instalou-se em Tula, definitivamente, um governo militarista, em substituição ao antigo poder sacerdotal. As inúmeras representações de guerreiros paramentados como deuses atestam seu papel como grupo social dominante. Iniciara-se, no entanto, a fase de declínio e, por volta de 1160, a cidade estava quase completamente despovoada, devido a secas, guerras e conflitos internos. A chegada dos povos bárbaros conhecidos como chichimecas -- grupo que absorveu as principais características da cultura tolteca e, mais tarde, originou o império asteca -- precipitou a queda do império. Em 1168, os toltecas abandonaram Tula, que foi tomada pelos chichimecas e acabou destruída, em guerras e conflitos políticos. Alguns grupos toltecas emigraram para as zonas lacustres do vale do México e fundaram Culhuacan, enquanto outros avançaram para o sul e ocuparam Cholula, por volta de 1290. Esses povos permaneceram na região até meados do século XIV.

Arte Tolteca

Os Toltecas foram um povo americano pré-colombianlo, que habitou a região central do Panamá entre os séculos X e XII. Povo pragmático, austero, valorizava mais a utilidade que a forma. Sua cerâmica era vitrificada, cinza esverdeada. Sua arquitetura e escultura buscavam mais inspirar o temor que o enlevo espiritual. Nas manifestações de arte predominava o zoomorfismo em relevo, incluindo águias,  coiotes, serpentes e jaguares.

A Sociedade Asteca


 A Sociedade Asteca

Por Pedro Henrique M. C. Pinho, da 6ª Série

Era dividida em camadas bem definidas  e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e até chefes militares. Desde os camponeses até trabalhadores comuns como ferreiros e artesãos compunham a principal camada social. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho obrigatório para o imperador, quando ele os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides). O artesanato asteca era rico em detalhes, como objetos de ouro e prata com definidos traços pintados.Os astecas desenvolveram muitas técnicas agrícolas, construindo obras e ilhas de cultivo, onde plantavam milho, pimenta, tomate, cacau e etc.
A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era feita por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia. Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Eles, eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.
A Lenda do início Asteca: Conta a lenda que os astecas receberam uma revelação do Deus Huitzilopochtli, que dizia que a cidade deveria ser construída no local onde o povo encontrasse uma águia devorando uma serpente em cima de um cacto. Assim, os astecas iniciaram sua viagem para o sul, pois seus primeiros assentamentos encontrados por arqueólogos estão localizados mais ao norte do território mexicano – até vizualizarem esta cena descrita por Huitzilopochtli às margens do lago Texcoco.