Mitologia Grega


Titãs 
São 12 deuses que, segundo a mitologia, nasceram no início dos tempos. Eles eram os ancestrais dos futuros deuses olímpicos (como Zeus, Afrodite, Apolo...) e também dos próprios mortais. Os titãs nasceram da união entre Urano, que representava o Céu, e Gaia, que seria a Terra. "Os titãs eram seres híbridos, nenhum era humano por completo e todos tinham o poder de se transformar em animais"

É que, no início dos tempos, Urano fazia seguidos filhos em Gaia, mas, como não se afastava dela, seus descendentes, entre eles os titãs, permaneciam presos no ventre da mãe. Insatisfeita com a situação, Gaia incentivou um de seus filhos, o titã chamado Crono, a decepar os órgãos genitais de Urano, fazendo com que este se afastasse dela. Essa metáfora mitológica é uma original maneira de explicar a separação entre o Céu e a Terra, que teria permitido o início da vida. Mas não foram só as iniciativas heróicas que marcaram os titãs. Após mutilar e derrotar Urano, Crono reinou e tornou-se um pai terrível para seus filhosO poder dele e de outros titãs sobre o mundo só acabou após eles terem sido derrotados por Zeus, o futuro chefe dos deuses olímpicos, numa sangrenta guerra chamada titanomaquia.

O terrível Crono

O mais famoso dos 12 titãs engolia os próprios filhos

O mais importante titã, e também o mais jovem, costumava ser representado com uma foice na mão, com a qual teria mutilado seu pai, Urano. Crono se uniu a uma de suas irmãs, Réia, com quem teve vários filhos. Como tinha medo de que os descendentes desafiassem seu poder sobre o mundo, ele engolia todos os seus filhos. Mas um deles, Zeus, contou com a ajuda da mãe para escapar desse destino trágico. Após crescer e se tornar forte, Zeus decidiu resgatar seus irmãos, dando uma poção para o pai que fez este vomitar todos os filhos engolidos. Com a ajuda dos irmãos, Zeus derrotou Crono e outros titãs numa grande batalha e passou a ser o grande chefe de todos os deuses gregos. Crono e seus aliados foram presos para sempre no Tártaro, o mundo subterrâneo para onde iam os mortos.

O resto da turma

Da união entre o Céu e a Terra nasceram os outros 11 deuses

OCEANO

Era o titã mais velho, representado por um grande rio que corria em volta de toda a Terra (então considerada plana), demarcando suas fronteiras. Oceano teria gerado todos os rios, riachos e fontes existentes

CEOS

Um titã obscuro, que tem importância apenas na construção da árvore genealógica dos deuses gregos, principalmente por ter sido avô de Apolo (deus das profecias, da medicina e da música) e de Ártemis (deusa da caça e da vida selvagem)

CRIO

Outro titã secundário, sem grande destaque na mitologia grega. Os textos lendários revelam apenas que Crio se casou com Euríbia, sua meia-irmã - filha de Gaia com Ponto, outra divindade que representava o mar

HIPÉRION

Era, provavelmente, uma divindade de origem pré-helênica, que acabou absorvida pela mitologia grega, aparecendo como um dos 12 titãs. Hipérion era identificado com as forças solares

JÁPETO

É importante na mitologia por causa de alguns de seus filhos. Um deles foi Atlas, que enfrentou Zeus na titanomaquia e, ao ser derrotado, recebeu como castigo a missão de carregar o mundo nas costas. Outro foi Prometeu, criador dos mortais

TÉTIS

Em alguns textos épicos, essa titã aparece como a deusa da fertilidade, simbolizando a capacidade geradora e fecundante das águas. Também, não é para menos: de sua união com o irmão Oceano nasceram milhares de filhos

FEBE

Conhecida como "a luminosa", ela se uniu ao irmão Ceos e teve uma filha chamada Letó, que seria um dos amores de Zeus e daria à luz dois importantes deuses gregos: Apolo e Ártemis

TÊMIS

Deusa da justiça e da sabedoria, ela foi a segunda esposa de Zeus. Segundo alguns textos mitológicos, Têmis inventou os oráculos e os rituais religiosos. Antes do surgimento de Apolo, ela era chamada também de deusa das profecias

TÉIA

Por ter se unido ao irmão Hipérion, também costuma ser identificada como uma divindade solar. Téia teve três filhos: Hélio (que seria o próprio Sol), Selene (a Lua) e Éos (a aurora)

MNEMÓSINE

A deusa da memória foi a quinta esposa de Zeus e mais uma das tias titãs que ele escolheu com quem procriar. Dessa união nasceram as nove Musas, deusas da literatura e das artes - como poesia, música e dança

RÉIA

Essa titã era irmã e mulher de Crono, a quem conseguiu enganar, evitando que seu filho Zeus fosse engolido por ele. Quando Zeus nasceu, Réia deu uma pedra para Crono engolir no lugar do recém-nascido. Ela foi mãe também de outros deuses, como Poseidon (deus do mar) e Hades (rei do mundo subterrâneo)

IRMÃOS DE OLHO GRANDE...

Além dos 12 titãs, Urano e Gaia tiveram três filhos chamados ciclopes. Eles eram gigantes, com só um olho na face, que lutaram ao lado de Zeus na guerra contra Crono. Os relâmpagos usados por Zeus na batalha foram forjados por eles

...E DE MUITAS CABEÇAS

Um outro trio monstruoso foi gerado por Urano e Gaia: os hecatonquiros, seres com 100 braços e 50 cabeças. Os textos épicos divergem. Em alguns, eles são aliados de Crono; em outros, de Zeus







Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos.


Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral.

Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais.

Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. 

Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.


De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos.

Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.

Conheça os principais deuses gregos :

Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu.
Afrodite - deusa do amor, sexo e beleza.
Poseidon - deus dos mares 
Hades - deus das almas dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo.
Hera - deusa dos casamentos e da maternidade.
Apolo - deus da luz e das obras de artes.
Ártemis - deusa da caça e da vida selvagem.
Ares - divindade da guerra.
Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Protetora da cidade de Atenas.
Cronos - deus da agricultura que também simbolizava o tempo.
Hermes - mensageiro dos deuses, representava o comércio e as comunicações.
Hefesto - divindade do fogo e do trabalho.






Kratos 


Sim, existiu mesmo na mitologia, era filho de Pallas e Estige.

Ele é a personificação do poder. Rivaliza-se com seu irmão, pois poder e força se assemelham. Mas poder é superior à força. Deve-se levar em consideração que força abrange só a capacidade física de vencer a resistência, enquanto poder é aquele que te dá status, capacidade. Quem tem poder pode mandar nos outros com a palavra, com o olhar, ou com sua assinatura. Quem tem força só pode escravizá-los ou matá-los. Portanto, Kratos era, sob este ponto de vista, o mais indicado para suceder Ares, o Deus da Guerra.




Aquiles

Na mitologia grega, Aquiles (em grego antigo: Ἀχιλλεύς; transl. Akhilleus) foi um herói da Grécia, um dos participantes da Guerra de Troia e o personagem principal e maior guerreiro da Ilíada, de Homero.

Aquiles tem ainda a característica de ser o mais belo dos heróis reunidos contra Troia, assim como o melhor entre eles.
Lendas posteriores (que se iniciaram com um poema de Estácio, no século I d.C.) afirmavam que Aquiles era invulnerável em todo o seu corpo, exceto em seu calcanhar; ainda segundo estas versões de seu mito, sua morte teria sido causada por uma flecha envenenada que o teria atingido exatamente nesta parte de seu corpo. A expressão "calcanhar de Aquiles", que indica a principal fraqueza de alguém, teria aí a sua origem.

As obras literárias (e artísticas em geral) em que Aquiles aparece como herói são abundantes. Para além da Ilíada e da Odisseia - onde é mostrada o destino de Aquiles após a sua morte - pode-se destacar, ainda, a tragédia Ifigénia em Áulide, de Eurípides, "imitada" mais tarde pelo dramaturgo francês Jean Racine (1674) e transformada em ópera pelo compositor alemão Christoph Willibald Gluck (1774), além das artes plásticas, onde podem ser encontradas, além das diversas pinturas de vasos e esculturas do próprio período da Antiguidade Clássica, telas de Rubens, Teniers, Ingres, Delacroix e muitos outros, que retratam as suas múltiplas façanhas.





Heitor


Na mitologia grega, um príncipe de Troia e um dos maiores guerreiros na Guerra de Troia, suplantado apenas por Aquiles. Era filho de Príamo e de Hécuba. Com sua esposa, Andrómaca, foi pai de Astíanax.

Como o seu pai foi incapaz de combater, durante o cerco de Troia feito pelos Aqueus, devido à sua avançada idade, Heitor foi nomeado general das tropas troianas. A sua força, coragem e eficiência na guerra foram enormes: nos poemas épicos de Homero, Heitor é responsável pela morte de 28 heróis gregos; nem Aquiles obtém um número tão grande (22 heróis Troianos caídos a seus pés). Pela voz do Destino, os Troianos estavam informados que as muralhas de Troia nunca cairiam enquanto Heitor se mantivesse vivo.

Na Ilíada, Homero chama-o de "domador de cavalos", devido a preocupações de métrica e porque, de modo geral, Troia era conhecida por ser criadora de cavalos. Na narrativa da Ilíada, no entanto, Heitor nunca é visto com cavalos. Outro epíteto que lhe é característico é "o do elmo flamejante".

Heitor contrasta fortemente com Aquiles. Se por um lado Aquiles foi essencialmente um homem de guerra, Heitor lutava por Troia e por aquilo que esta representava. Alguns estudiosos têm vindo a sugerir que é Heitor, e não Aquiles, o verdadeiro herói da Ilíada. A sua repreensão a Polidamente, dizendo-lhe que lutar pela pátria era o primeiro e único presságio, tornou-se provérbica para os patriotas gregos. É por ele que podemos ver pormenores sobre como seria a vida em Troia, em tempo de paz, e noutros sítios de civilização mediterrânica da Idade do Bronze descrita por Homero. Na Ilíada, a cena em que Heitor se despede da sua esposa Andrómaca e do seu filho é particularmente comovente.



Édipo




Segundo a lenda grega, Laio, o rei de Tebas havia sido alertado pelo Oráculo de Delfos que uma maldição iria se concretizar: seu próprio filho o mataria e que este filho se casaria com a própria mãe.

Por tal motivo, ao nascer Édipo, Laio abandonou-o no monte Citerão pregando um prego em cada pé para tentar matá-lo. O menino foi recolhido mais tarde por um pastor e batizado como "Edipodos", o de "pés-furados", que foi adotado depois pelo rei de Corinto e voltou a Delfos.

Édipo consulta o Oráculo que lhe dá a mesma previsão dada a Laio, que mataria seu pai e desposaria sua mãe. Achando se tratar de seus pais adotivos, foge de Corinto.
No caminho, Édipo encontrou um homem e, sem saber que era o seu pai, brigou com ele e o matou, pois Laio o mandou sair de sua frente.

Após derrotar a Esfinge que aterrorizava Tebas, que lançara um desafio ("Qual é o animal que tem quatro patas de manhã, duas ao meio-dia e três à noite?"), Édipo conseguiu desvendar, dizendo que era o homem. "O amanhecer é a criança engatinhando, entardecer é a fase adulta, que usamos ambas as pernas, e o anoitecer é a velhice quando se usa a bengala".

Conseguindo derrotar o monstro, ele seguiu à sua cidade natural e casou-se, "por acaso", (já que ele pensava que aqueles que o haviam criado eram seus pais biológicos) com sua mãe, com quem teve quatro filhos. Aquando da consulta do oráculo, por ocasião de uma peste, Jocasta e Édipo descobrem que são mãe e filho, ela comete suicídio e ele fura os próprios olhos por ter estado cego e não ter reconhecido a própria mãe. Após sair do palácio, Édipo é avisado pelo Corifeu que não é mais rei de Tebas; Creonte ocupara o trono, desde então. Édipo pede para ser exilado, mandado embora. Pede, ainda, para que Creonte cuide das suas duas filhas como se fossem suas próprias.




Hades 

Hades dominava o reino dos mortos, um lugar onde só imperava a tristeza. Conseguiu esse domínio através de uma luta contra os titãs, que Poseidon, Zeus e ele venceram. Assim Poseidon ficou com o domínio dos mares, Zeus ficou com o céu e a Terra e Hades com o domínio das profundezas.

Era um deus quieto e seu eu nome quase nunca era pronunciado, pois tinham medo, para isso usavam outros nomes como o de Plutão. Um deus muito temido, pois no seu mundo sempre havia espaço para as almas. Seu mundo era dividido em duas partes: o Érebo onde as almas ficavam para ser julgadas para receber seus castigos ou então suas recompensas; e também a parte do Tártaro que era a mais profunda região onde os titãs ficavam aprisionados. Hades era presidente do tribunal, era ele que dava a sentença dos julgamentos.

Além das sombras e almas encontradas em seus domínios, era também cuidadosamente vigiado pelo Cérbero que era seu cão de três cabeças e cauda de Dragão. Era conhecido como hospitaleiro, pois nos seus domínios sempre tinha lugar para mais uma alma. O deus quase nunca deixava seus domínios para se preocupar com assuntos do mundo superior, fez isso duas vezes quando foi raptar sua esposa e a outra quando foi para o Olimpo se curar de uma ferida feita por Heracles ou Hércules se preferirem .

Hades tinha o poder de restituir a vida de um homem, mas fez isso poucas vezes e muitas delas a pedido de sua esposa. Também conhecido como o Invisível, pois com a ajuda do seu capacete que o protege de todos os olhares. Este capacete também foi usado por outros heróis como Atena e Perseu.

Porém, ao contrário do que muitas pessoas pensam, Hades não é o deus da morte e sim o da pós-morte, ele comanda as almas depois que as pessoas morrem. Apenas Ares e Cronos são responsáveis pela morte e com isso até inimigos da humanidade, o que ele não era e sim temido por sua fama.


A Caixa de Pandora 

É um artefato da mitologia grega, tirada do mito da criação de Pandora, que foi a primeira mulher criada por Zeus. A "caixa" era na verdade um grande jarro dado a Pandora, que continha todos os males do mundo.
Então Pandora, com sua curiosidade, abriu o frasco, e todo o seu conteúdo — exceto um item — foi liberado para o mundo. O item remanescente foi a esperança.
Hoje em dia, abrir uma "caixa de Pandora" significa criar um mal que não pode ser desfeito.


Pandora 


Foi a primeira mulher que existiu, criada por Hefesto (deus do fogo, dos metais e da metalurgia) e Atena (deusa da estratégia em guerra, da civilização, da sabedoria, da arte, da justiça e da habilidade) auxiliados por todos os deuses e sob as ordens de Zeus. Cada um lhe deu uma qualidade. Recebeu de um a graça, de outro a beleza, de outros a persuasão, a inteligência, a paciência, a meiguice, a habilidade na dança e nos trabalhos manuais. 

Hermes, porém, pôs no seu coração a traição e a mentira. Feita à semelhança das deusas imortais, destinou-a Zeus à espécie humana, como punição por terem os homens recebido de Prometeu o fogo divino. Foi enviada a Epimeteu, a quem Prometeu recomendara que não recebesse nenhum presente dos deuses. Vendo-lhe a radiante beleza, Epimeteu esqueceu quanto lhe fora dito pelo irmão e a tomou como esposa.

Epimeteu tinha em seu poder a Caixa de Pandora que outrora lhe haviam dado os deuses, que continha todos os males. Avisou a mulher que não a abrisse. Pandora não resistiu à curiosidade. Abriu-a e os males escaparam. Por mais depressa que providenciasse fechá-la, somente conservou um único bem, a esperança. E dali em diante, foram os homens afligidos por todos os males.



Hércules ou Héracles 


Todavia, os feitos de Héracles ecoam pelo tempo, especialmente as histórias de seus Doze Trabalhos, trabalhos que para Euristeu, rei de Tebas, nenhum homem seria capaz de realizá-lo. Héracles realizou os trabalhos por principalmente dois motivos, redenção e glória. Antes de ele aceitar as dificeis exigências do rei Euristeu, Héracles era casado com Mégara com que tivera três ou quatro filhos, depende da versão, porém desde cedo, Héracles era constantemente ameaçado pela raiva de Hera, a rainha dos deuses. Hera tentou matar o herói quando este ainda era um bebê, enviando duas serpentes ao seu braço, porém a criança estrangulou as serpentes apenas com as mãos, um indicativo de sua futura força colossal. Anos depois já casado, Hera voltou a atormentá-lo, então o causou-lhe um ataque de loucura, que o levou a matar a esposa e os próprios filhos, Héracles desconsolado e arrasado fora se queixar ao seu pai, sua revolta o fez se rebelar contra Zeus e os deuses, então Zeus disse que ele deveria se redimir de seu crime, controlar seu ego, domar sua arrogância, e sufocar seu orgulho, ele deveria se tornar um herói (detalhe, até este fato propriamente acontecer, Héracles não havia realizado feitos heróicos).

Sem escolha, ele fora consultar o Oráculo de Delfos o qual lhe disse para que se submetesse as ordens do rei Euristeu, seu primo. (Devo ressalvar que os deuses nem sempre eram favoráveis aos suplicios humanos). Assim ele inicia sua jornada através da Grécia, de partes da Europa, África e Ásia, além de navegar pelo Mediterrâneo e o Atlântico, em busca de realizar seus Doze Trabalhos, e posteriormente outras aventuras que viveu. Como Héracles realizou muitos feitos, falarei acerca de alguns poucos aqui

Basicamente os Doze Trabalhos de Héracles consistiram em se matar ou capturar feras, de realizar serviços para outros reis, como fora o caso de ter que limpar as cavalariças do rei Áugias e domar as éguas carnívoras do rei Diomedes, além disso, outros de seus três trabalhos implicaram no fato de o herói ter que roubar, como fora o caso em ter que roubar os touros do gigante Gérion, roubar o Cinturão de Ares, o qual pertencia a Hipólita, rainha das amazonas, e roubar os pomos de ouro do Jardim das Hespérides. Hoje se um herói fizesse isso seria taxado de ladrão, mas para o contexto da época, isso implicava em grandes feitos, principalmente em relação ao Jardim das Hespérides, local onde apenas Héracles e Perseu chegaram a pisar, dentre os mortais conhecidos.

Se por um lado, Héracles tivera que atuar como herói, ele também atuou como justiceiro, participando de batalhas, matando inimigos, mas a dois momentos que são clássicos, o primeiro diz respeito ao trabalho em ter que se domesticar as éguas carnívoras de Diomedes. Após ter realizado o feito, Héracles fora cobrar seu pagamento, Diomedes se negou a pagá-lo e a agradecê-lo, então Héracles jogou o rei as suas éguas, os quais o devoraram. Outro momento, de cunho semelhante, diz respeito quando Héracles fora solicitado pelo rei Laomedonte de Tróia para salvar sua cidade do ataque de um monstro enviado por Poseidon, Laomedonte havia ofendido o deus, e oferecido uma de suas filhas como sacrifício para apaziguar a fúria do deus, contudo Héracles decidiu ajudar os troianos em troca de um pagamento, o herói matou a fera, libertou a filha do rei, e este se comprometeu que quando ele retornasse lhe daria seu pagamento, o herói retornou e o rei quebrou o acordo com ele, Héracles matou Laomedonte e alguns de seus filhos, dentre os filhos que sobreviveram estava Príamo, o qual assumira o trono.

Todavia, para encerrar este texto, por mais que o herói tenha realizado muitas outras façanhas dignas de serem mencionadas, falarei de como ele tivera seu fim "trágico". Héracles havia tomado como segunda esposa, a princesa Dejanira após disputá-la em um duelo, porém as constantes jornadas do herói, sua infidelidade (ele tivera vários filhos com distintas mulheres), prejudicou o casamento, até o ponto que o herói decidiu deixar Dejanira e se casar com Iole. Dejanira tentou convencer o marido a não deixá-la, então num dia os dois viajavam em companhia do centauro Nesso, ao chegarem em um rio, Héracles pediu que Nesso pusesse Dejanira em suas costas e atravesse o rio, Nesso aproveitou a ocasião e raptou a mulher, enquanto fugia, fora atingido pelas flechas envenenadas de Héracles, mas antes de morrer, ele sabendo que Dejanira estava deseperada para não perder o seu marido, disse para ela que pegasse um pouco de seu sangue e o derramasse em uma túnica e desse para Héracles vestir, seu sangue era mágico e funcionaria como uma "poção do amor", a mulher convencida de que aquilo era verdade, fizera o que o centauro havia lhe dito.

Héracles saira de casa usando a túnica ou capa embebida com o sangue envenenado do centauro, depois de um tempo, sua pele começou a arder e a queimar, a dor era tão grande que o herói começou a rasgar a própria pele com as unhas, deseperado ele correrá até a casa do amigo Filoctetes, o qual lhe deixara seus pertences, então acenderá uma pira e se jogara dentro desta, em outras versões dizem que ele se jogou de um precipicio. A morte era eminente, o fim trágico para o maior dos heróis gregos, ou não. Sua alma fora poupada por Zeus, o qual o fizera ascender ao Olimpo, Héracles ganhara a imortalidade, e passou a viver entre os deuses, se casando posteriormente com a deusa da juventude e sua meia-irmã Hebe.


Jasão o começo dos Argonautas 



Tudo começa quando o príncipe Jasão ficou sabendo que seu pai o rei Esão estava muito doente, Jasão o qual vivia sob a tutela do centauro Quíron, o chamado mestre dos heróis, voltou para casa, lá seu ambicioso tio Pélias, o qual almejava o trono torcia pela morte do irmão, mas sabia que o sobrinho era o herdeiro legal, assim Pélias, decide se livrar de Jasão, para isso ele convence o sobrinho a ir em busca do Véu de Ouro, a lã de um carneiro, que dizia poder curar qualquer doença, tal véu ficava no reino da Cólquida (atual Geórgia) na Ásia. Jasão aceita o desafio e com a ajuda de Atena ele reúne sua tripulação composta por alguns importantes heróis de seu tempo. Ao todo foram cerca de 40 ou 50 tripulantes do navio Argo, os quais passaram a serem chamados de argonautas, dentre alguns nomes figuram: Castor e Pólux, Orfeu, Teseu, Héracles, Iolau, Calais e Zetes, Laertes, Peleu, Telámon e o rei Argos. Alguns dos tripulantes, eram reis, outros eram semideuses, e outros heróis conhecidos e pai de futuros heróis.

Ao longo da viagem eles enfrentam monstros, tempestades, se perdem, alguns tripulantes desertam ou morrem, mas no fim Jasão retorna vitorioso trazendo consigo o Véu de Ouro. A viagem ou jornada dos argonautas perfaz uma odisseia de grandes aventuras e perigos, porém a jornada mais famosa da Antiguidade Clássica, fora a Odisseia narrada por Homero.


Teseu



No mito de Teseu e o Minotauro, o jovem príncipe ateniense Teseu indignado com o tributo cobrado por Minos, rei de Creta, o qual cobrava o envio de sete rapazes e moças virgens para serem devorados pelo Minotauro, a fim de que Creta não entrasse em guerra com Atenas, decidiu por fim a isso, assim, Teseu esboça a valentia do herói grego, a determinação a bravura em defender o seu povo e a sua pátria. Teseu retorna vitorioso de Creta tendo atravessado o labirinto projetado por Dédalo e matado a terrível besta, porém antes de partir da ilha ele foge com uma das filhas de Minos, Ariadne a qual ajudara Teseu, lhe dando um novelo de lã para que pudesse encontrar o caminho de volta no labirinto, nesse ponto outra característica marca as histórias dos heróis gregos, a tragédia.

Teseu acabou abandonando Ariadne em uma ilha e retornando para Atenas, ao chegar descobre que seu pai, o rei Egeu achando que o filho havia sido morto, cometera suicídio se jogando de um precipício ao mar, daí o nome do mar se chamar Egeu. Teseu se torna rei de Atenas, mas é lembrado no fim do mito como um péssimo governante, despreocupado com suas responsabilidades.



Procusto, parte da historia de Teseu:



Procrusto era um bandido que vivia na serra de Elêusis. Em sua casa, ele tinha uma cama de ferro, que tinha seu exato tamanho, para a qual convidava todos os viajantes a se deitarem. Se os hóspedes fossem demasiados altos, ele amputava o excesso de comprimento para ajustá-los à cama, e os que tinham pequena estatura eram esticados até atingirem o comprimento suficiente. Uma vítima nunca se ajustava exatamente ao tamanho da cama porque Procrusto, secretamente, tinha duas camas de tamanhos diferentes.

Continuou seu reinado de terror até que foi capturado pelo herói ateniense Teseu que, em sua última aventura, prendeu Procusto lateralmente em sua própria cama e cortou-lhe a cabeça e os pés, aplicando-lhe o mesmo suplício que infligia aos seus hóspedes.


Perseu 



Acrísio de Argos, recebera a noticia do oráculo de que seu neto iria matá-lo, porém Acrisio só possuía uma filha e essa não possuía filhos, sua filha chamava-se Dânae. Temendo a previsão do oráculo, Acrisio aprisiona a filha em uma caverna, onde passa a ficar dia e noite sendo vigiada por guardas, contudo Zeus o rei dos deuses se encanta por sua beleza e deseja ter-la, Zeus se transforma em uma "chuva de ouro" e escorre pelas brechas da rocha até o recinto onde se encontra Dânae. Meses depois, Acrisio descobre que sua filha havia engravidado e dado a luz a um menino, Dânae disse ao pai que aquela criança era filho de Zeus, Acrisio não acreditou nisso e decidiu matar a filha e o neto, ele ordenou que ambos fossem jogados ao mar, dentro de uma arca ou num pequeno barco, porém Zeus os salvou, os levando em segurança até as praias da ilha de Sérifo.

Perseu e sua mãe viveram os anos seguintes na ilha, Perseu se tornou um homem forte, corajoso e ambicioso. Nessa época o rei de Sérifo, Polidectes cobiçava Dânae por sua beleza, o rei era um tirano, um homem arrogante e escrupuloso. Sabendo que Perseu não aceitaria o casamento, tivera a ideia de se livrar dele, assim Polidectes promoveu um desafio, quem lhe trouxesse a cabeça da temível górgona Medusa, seria dado uma grande recompensa, assim todos os bravos guerreiros da ilha foram convocados, Perseu, o qual possuía grande ambição e buscava por glória decidiu participar do desafio, sem sua mãe saber.

No mito, Perseu recebe a ajuda dos deuses para descobrir onde ficava a ilha de Medusa, ele consegue derrotá-la e decepar sua cabeça, depois disso ele viaja por outros locais, onde acaba conhecendo Atlas o titã que sustenta o mundo ou o céu, o Jardim das Hesperides, e finalmente ele chega a uma ilha onde avista uma jovem donzela acorrentada a um rochedo, oferecida como sacrificio à uma besta de Poseidon. Essa donzela chamava-se Andrômeda. Perseu salva Andrômeda, consegue sua mão em casamento e retorna para Sérifo, a fim de levar sua mãe embora, lá ele acaba tendo que lutar com Polidectes e seus seguidores, Perseu utiliza a cabeça da Medusa e transforma todos em pedra, posteriormente, ele funda as cidades de Corinto e Micenas, onde passou a governar como rei até o fim da vida.


Ajax 


Ájax era filho de Telamon (rei de Salamina) e, ao lado de Diomedes, tido como um dos mais fortes e habilidosos guerreiros gregos depois de Aquiles. Meio-irmão de Teucro, era praticamente imbatível e graças a ele os gregos conquistaram várias vitórias contra os troianos. Ao lado de Ájax, lutava outro Ájax, o lócrio. Quando ambos lutavam juntos somente os deuses podiam resistir à sua investida. Ájax também era conhecido como Ájax de Salamina.

Homero descreveu Ájax como uma muralha, muito mais alto do que os outros homens, com um escudo na forma de torre e uma lança comprida. Utilizava pedras colossais para combater seus oponentes. Quando Aquiles se retirou da luta, Ájax enfrentou Heitor em um único combate. Os dois heróis lutaram o dia inteiro e só Heitor sofreu pequenos ferimentos. Após a morte de Aquiles, Ájax disputou com Odisseu a armadura do herói morto. Odisseu provou ser melhor orador e ganhou o prêmio.
Num acesso de loucura, ele degolou os animais dos rebanhos dos gregos, certo de que matava os adversários. Ao reconhecer o erro, suicidou-se. A loucura de Ájax inspirou a Sófocles a tragédia Ájax Furioso (450 a.C.).







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