segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Costa e Silva


ARTHUR COSTA E SILVA


Costa e Silva, por Luciana Gonçalves Patrício, 8ª Série

        Nasceu em 3 de outubro de 1902 em Taquari, Rio Grande do Sul.
Estudou no Colégio Militar de Porto Alegre na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Armada e na Escola de Estado-Maior do Exército.  Casou-se com Iolanda Barbosa Costa e Silva, filha de um militar. Fez parte do movimento tenentista em 1922, quando foi preso e dez anos depois participou da Revolução Constitucionalista que aconteceu em São Paulo.
Já envolvido na política, fez parte do grupo do exército na embaixada do
Brasil, na Argentina (1950-1952). Liderou o comando do 4º Exército, em Recife (1961-1962). Ao lado de Castello Branco, Costa e Silva foi um dos principais articuladores do golpe de 1964, que depôs o presidente João Goulart, e fez parte da junta batizada de Comando Supremo da Revolução, formada pelo brigadeiro Correia de Melo e do almirante Augusto Rademaker. 
        Nomeado para o ministério da Guerra durante a gestão de Castello Branco (1964-1966), afastou-se do cargo para candidatar-se às eleições indiretas pelo Arena (Aliança Renovadora Nacional).
          Foi eleito presidente da República em 3 de outubro de 1967. Seu governo foi marcado por violenta política e por isso aumentaram as manifestações contraditórias à ditadura militar. Em 1968, no Rio de Janeiro mais de 100 mil pessoas saíram às ruas para protestar contra a morte de Édson Luís, de 18 anos e ainda, denunciando falta de verbas e oposições contra a privatização do ensino público. Também havia as posições contra o governo como a Frente Ampla, liderada por Carlos Lacerda e apoiada por Juscelino Kubitschek e João Goulart. Este movimento tinha como proposta a redemocratização, anistia, eleições diretas para presidente e uma nova constituinte.         
             Em reposta Costa e Silva decreta o Ato Constitucional nº 5 (AI-5), ele se baseava numa repressão política ainda maior em que proporcionava ao presidente poderes para perseguir e reprimir oposições.  Ele poderia, por exemplo, decretar o estado de sítio, intervir nos estados e municípios, cassar mandatos eletivos, suspender direitos políticos, demitir funcionários públicos, etc. Era tão grande o poder do presidente da republica durante o AI-5 que seus atos não poderiam ser submetidos a um poder judiciário.
           Utilizando o AI-5, o governo de Costa e Silva prendeu milhares de pessoas em todo o país, fechou o Congresso Nacional por tempo indeterminado, cassou o mandato de diversos deputados federais e estaduais, vereadores e prefeitos além de ter afastado quatro ministros do Supremo Tribunal Federal.
           A economia apresentou crescimento durante o período, tanto na área industrial quanto na facilidade de crédito, política salarial e estabilidade na inflação. Delfim Netto foi o Ministro da Fazenda.
            Em agosto de 1969, Costa e Silva foi obrigado a deixar a presidência por razões de saúde, uma junta militar composta dos ministros, marinha e aeronáutica, governou o país por dois messes e depois percebendo que não poderia reassumir a presidência novamente, a junta militar decidiu quem seria o seu sucessor que era Emilio Garrastazu Médici. Faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de dezembro de 1969.
           Só em 22 de outubro de1969 o Congresso foi reaberto, depois de dez meses de edição da AI-5. E os deputados federais cassados foram banido dele.
Muitos artistas procuraram utilizar seus espaços de atuação para protestar contra a política como foi o caso de Geraldo Vandré em 1968, na música “ Pra não dizer que não falei de fllores” :
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores

Vencendo o canhão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Bibliografia:


Livro historia global Brasil e geral volume único de Gilberto Cotrim, editora saraiva. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário