quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A Sociedade Asteca


 A Sociedade Asteca

Por Pedro Henrique M. C. Pinho, da 6ª Série

Era dividida em camadas bem definidas  e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e até chefes militares. Desde os camponeses até trabalhadores comuns como ferreiros e artesãos compunham a principal camada social. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho obrigatório para o imperador, quando ele os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides). O artesanato asteca era rico em detalhes, como objetos de ouro e prata com definidos traços pintados.Os astecas desenvolveram muitas técnicas agrícolas, construindo obras e ilhas de cultivo, onde plantavam milho, pimenta, tomate, cacau e etc.
A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era feita por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia. Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Eles, eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.
A Lenda do início Asteca: Conta a lenda que os astecas receberam uma revelação do Deus Huitzilopochtli, que dizia que a cidade deveria ser construída no local onde o povo encontrasse uma águia devorando uma serpente em cima de um cacto. Assim, os astecas iniciaram sua viagem para o sul, pois seus primeiros assentamentos encontrados por arqueólogos estão localizados mais ao norte do território mexicano – até vizualizarem esta cena descrita por Huitzilopochtli às margens do lago Texcoco.

Maias


                                                                      
                                                          Os maias

Por Letícia Dias de Souza, 6ª Série

A civilização maia iluminou por mais de três mil anos grande parte da atual Mesoamérica, que ainda é habitada por seus descendentes. Os vestígios, as conquistas e os mistérios que deixaram como legado também podem ser explorados via Internet. Uma grande quantidade de sites em diversos idiomas dedica-se a explorar esta civilização e seus incríveis rastros. A categoria de Cultura Maia no buscador do Yahoo! tem cerca de 60 sugestões de sites, incluindo alguns projetos de arqueologia oferecidos aos interessados em participar de suas escavações.

“Da esplêndida paisagem surgiu uma civilização altamente desenvolvida que floresceu enquanto a Europa se encontrava submersa no obscurantismo”, lembra o portal do Mundo Maya. No site Uma Luz nas Selvas da Mesoamérica afirma-se que “a base do pensamento maia concretizou-se em harmonia: criatividade e receptividade, céu e terra, vida e morte, dia e noite, masculino e feminino, bem e mal”.

Os maias tiveram um desenvolvimento da arquitetura que lhes permitiu construir grandes edificações como parte de cidades no meio da selva. As construções sobreviveram através de três séculos e inclusive milênios, e atualmente são fonte constante de admiração.

Os arqueólogos também descobriram a capacidade matemática dos maias, um calendário de grande precisão, detalhes sobre sua organização política em cidades-Estado e detalhes de sua vida cotidiana, incluindo os jogos. Algumas dessas descobertas são explicadas no site Coelho na Lua, em inglês. Ainda não se sabe tudo sobre os maias, grande parte de seu legado foi destruída depois da chegada dos europeus ao novo mundo.

Sua história está cercada de mistérios. Por que os povos que habitavam essa região mesoamericana conseguiram esse desenvolvimento? O que causou o fim de uma civilização tão desenvolvida? Essa civilização inclui o extremo sudeste do México, os territórios da Guatemala e Belize e o ocidente de Honduras e El Salvador. Nessas regiões ainda vivem cerca de 4,5 mil descendentes dos maias, que falam línguas herdadas do passado. E se trata de uma região que recebe legiões de turistas. A maioria interessada em explorar o legado dos maias.

Olmecas


OLMECAS

Por Laís Mendes Machado, da 6ª Série

Olmeca é o nome  que se dá ao povo que esteve na origem da cultura olmeca, a antiga cultura pré-colombiana da Mesoamérica que se desenvolveu nas regiões tropicais do centro-sul do atual México durante o período pré-clássico, aproximadamente onde hoje se localizam os estados mexicanos de Veracruz e Tabasco, no Istmo de Tehuantepec, numa zona designada área nuclear olmeca.
A Civilização Olmeca floresceu nesta região aproximadamente entre 1500 e 400 a.C., e crê-se que tenha sido a civilização-mãe de todas as civilizações mesoamericanas que se desenvolveram posteriormente.
Apesar da difusão cultural que alcançou por toda a Mesoamérica, exceto na região Ocidente, a região onde se encontraram evidências mais significativas da cultura olmeca foi a parte sul da planície costeira do golfo do México, situada entre os rios Papaloapan e Grijalva, aproximadamente a metade norte do istmo de Tehuantepec. A esta região correspondem o sul do atual estado mexicano de Veracruz e o norte do estado de Tabasco. Trata-se de uma região de clima quente e úmido.
Como a primeira das civilizações da Mesoamérica, os olmecas são creditados, ou especulativamente creditados, por muitas criações, incluindo o jogo de bola mesoamericano, sangria sacrificial e talvez sacrifícios humanos, escrita e epigrafia, e as invenções do zero e do calendário mesoamericano. A sua organização política baseada em reinos de cidades-estado fortemente hierarquizados foi imitada por praticamente todas as civilizações mexicanas e centroamericanas que se lhes seguiram.
Os olmecas poderão ter sido a primeira civilização do hemisfério ocidental a desenvolver um sistema de escrita. Símbolos descobertos em 2002 e 2006 foram datados de 650 a.C. e 900 a.C. respectivamente, precedendo a mais antiga escrita zapoteca datada de 500 a.C.
Há milhares de anos, entre as fronteiras do México e dos Estados Unidos, os olmecas fundaram uma civilização que influenciou a formação cultural de outros povos que habitaram o espaço americano. Antes disso, essa localidade mesoamericana se resumia a presença de algumas populações entre as regiões de pântano e montanha que dominavam uma rudimentar economia agrícola.
O desenvolvimento da civilização olmeca, dado após o período entre 1500 e 1200 a.C., ocorreu graças ao aprimoramento destas técnicas agrícolas, assim puderam vencer as hostilidades do meio e sustentar grandes populações. A partir desse quadro de desenvolvimento, a expansão das áreas ocupadas e o surgimento de núcleos urbanos aconteceram paulatinamente.
A sustentação de muitos desses centros urbanos, erguidos em zonas atingidas por grandes enchentes e secas, ocorreu graças à invenção de um sistema de aquedutos que canalizavam as águas para serem consumidas nas épocas mais quentes. Além disso, podemos observar que a expansão desta civilização também esteve ligada ao desenvolvimento de atividades comerciais, que integraram várias regiões americanas.
A antiga cidade de San Lorenzo é considerada um dos mais significativos polos irradiadores do povo olmeca. Algumas pesquisas sugerem que o processo de desenvolvimento dessa cidade aconteceu graças à vastidão dos recursos hídricos. Além disso, acredita-se que uma elite tenha dominado politicamente o local, tendo em vista a grande quantidade de artefatos luxuosos identificados na região.
Uma das mais eminentes provas desse requinte material de San Lorenzo se atesta na existência de um grande templo repleto de grandes cabeças esculpidas em pedra basalto. Ainda hoje, não se sabe qual o exato significado dessas representações no contexto cultural olmeca. Entretanto, a presença de visíveis traços negroides remonta uma possível e indecifrável presença africana nas Américas.
O esplendor e alto grau de desenvolvimento de San Lorenzo foram perdendo o seu espaço entre os anos de 950 e 900 a.C.. As esculturas foram sendo depredadas e as residências abandonadas. Apesar de não existirem justificações precisas sobre esse episódio da história olmeca, alguns historiadores suspeitam que um conflito interno tenha impulsionado esta debandada.
Na mesma época em que San Lorenzo entrou em visível declínio, a cidade de La Venta se transformou no mais centro aglutinador da cultura olmeca. Até o século IV a.C., esta cidade teve grande importância para tal civilização. Depois disso, talvez pela ação de grandes transformações climáticas, esta região foi sendo desabitada até a extinção definitiva do povo olmeca.
Mesmo com a sua extinção e os limites dos artefatos encontrados, a cultura olmeca impressiona por várias de suas conquistas. Escavações recentes descrevem que este teria sido o primeiro povo a criar um código escrito em todo o mundo Ocidental. Além disso, outras especulações sugerem a criação de uma bússola e a adoção do número “zero” no desenvolvimento de operações matemáticas.
Eles deslizam por rios caudalosos em balsas feitas de grossas estacas de madeira enladados pela densa floresta tropical da América Central, exuberante naqueles longínquos anos de 1 700 a.C.. Conhecem muito bem esses caminhos, pelos quais transportam produtos agrícolas que alimentam um conjunto de povoados que não por acaso se distribuem às margens dessas estradas de água. Mas, dessa vez, não levam abóboras ou feijão: sua carga é muito mais preciosa.
E pesada. As imensas cabeças de pedra podem chegar a 10 toneladas. As imagens sagradas são lapidadas a partir de imensos blocos de rocha basáltica, extraídas de montanhas a 100 quilômetros rio acima e graças ao esforço desses quase 2 mil homens são transportadas para seu local de adoração. Elas são as imagens mais conhecidas do povo olmeca, uma civilização dedicada à agricultura e ao comércio, que prosperou em torno de um núcleo de cidades como La Venta, San Lorenzo, Tres Zapotes e Laguna de los Cerros.
Os olmecas, a mais antiga civilização da América, ocuparam uma área relativamente restrita de 18 mil quilômetros quadrados, no que hoje corresponde ao sul do México, nos estados de Veracruz e Tabasco. Sua vasta rede comercial e traços de sua influência, no entanto, porém, podem ser notados em outras regiões, como Michoacán, Oaxaca, Morelos, Guerrero, Chiapas e, ainda mais longe, na Guatemala e em El Salvador, onde foram encontrados objetos como estatuetas de jade e potes de cerâmica. São esses achados, além das grandes cabeças de pedra, que estão revelando ao mundo os conhecimentos olmecas

Significado do nome:  O nome " Olmeca " significa " os povos de borracha " no nahuatl , a língua dos povos de Mexica (" aztec "). Os Olmecas extraíam o latex do elastica de Castilla , um tipo da árvore de borracha da área. Não se sabe ao certo que nome o Olmeca antigo usou para se chamar Um outro termo usou-se às vezes descrever estes povos é "tenocelome", que significa "boca do jaguar."

O QUE  DEIXARAM PARA A NOSSA CIVILIZAÇÃO:

Os Olmecas construíram um grande centro cerimonial em (1250 a.C): San Lorenzo. Seus artífices levantaram uma grande plataforma com 45 metros de altura, alinhando praças rectangulares de norte a sul.A arte olmeca também é surpreendente. Sabiam esculpir em jade pequenas imagens ao mesmo tempo em que faziam grandes cabeças de pedra, cujo peso foi calculado em 20 toneladas. As figuras representadas são de homens com traços (lábios e nariz) grossos. Frequentemente , esculpiam uma figura, meio homem meio jaguar, que era repetida em inúmeros objetos. A principal cidade (de que temos conhecimento) construída pelos Olmecas, foi San Lorenzo. Nela estão as cabeças colossais que devem representar seus líderes entre 1200 e 900 a.C.. A cidade disseminou sua influência tanto ao Norte como ao Sul, por meios pacíficos e belicosos. A construção dos seus monumentos demonstra que foi necessário um grande esforço para se obter o efeito monumental que desejavam. Como não conheciam a roda nem utilizavam animais para a tracção, essa energia sobre-humana foi gasta por aqueles homens que viviam nas proximidades dos centros cerimoniais e que, de alguma forma, eram obrigados a desempenhar tal esforço. Por volta de 900 a.C., uma luta interna destruíu San Lorenzo e seus enormes monumentos foram aniquilados, senão totalmente, pelo menos em parte. Mas, a cultura iria reflorescer em outro lugar: La Venta. Como se vivessem num eterno desafio novas cabeças foram erguidas em La Venta, de proporções ainda maiores. As construções, dadas as suas dimensões, são admiráveis para a época. Surpreende-nos também os conhecimentos astronómicos e as habilidades nos cálculos. Os olmecas tinham preocupação de memorizar as datas dos acontecimentos que consideravam mais importantes. Assim, passavam o seu saber de uma geração para a outra. Usavam símbolos pictóricos para escrever. Geralmente eles eram esculpidos em madeira, infelizmente, material perecível. Por este motivo, são raros os que sobraram para serem analisados pelos arqueólogos. Em 400 a.C., La Venta foi destruída da mesma forma que San Lorenzo. Os olmecas ficaram em Três Zapotes até 200 a.C., sem construir cabeças colossais apenas produzindo o artesanato olmeca.

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       Em suma, a importância da civilização olmeca é muito grande para nós, porque será a base para o desenvolvimento de outras civilizações. Dentre os exemplos significativos, vale a pena lembrar os astecas e os maias, que serão herdeiros capazes de repensar o calendário e a escrita olmeca.

Astecas


Astecas

           Por Arthur de Souza Sommer, da 6ª Série
           Os astecas (1325 até 1521; a forma azteca também é usada) foram uma civilização mesoamericana, pré-colombiana, que floresceu principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente ao atual México.
Na sucessão de povos mesoamericanos que deram origem a essa civilização destacam-se os toltecas, por suas conquistas civilizatórias, florescendo entre o século X e oséculo XII seguidos pelos chichimecas imediatamente anteriores e praticamente fundadores do Império Asteca com a queda do Império Tolteca. Os astecas foram derrotados e sua civilização destruída pelos conquistadores espanhóis, comandados por Fernando Cortez.
O idioma asteca era o náuatle (nahuatl).

História
   
           O controle político do populoso e fértil vale do México ficou confuso após 1100. Gradualmente, os astecas, uma tribo do norte, assumiram o poder depois de 1200. Os astecas eram um povo indígena da América do Norte, pertencente ao grupo nahua. Os astecas também podem ser chamados de mexicas (daí México). Migraram para o vale do México (ou Anahuác) no princípio do século XIII e assentaram-se, inicialmente, na maior ilha do lago de Texcoco (depois todo drenado pelos espanhóis), seguindo instruções de seus deuses para se fixarem onde vissem uma águia pousada em um cacto, devorando uma cobra.A partir dessa base formaram uma aliança com duas outras cidades – Texcoco e Tlacopán – contra Atzcapotzalco, derrotaram-no e continuaram a conquistar outras cidades do vale durante o século XV, quando controlavam todo o centro do México como um Império ou Confederação Asteca, cuja base econômico-política era o modo de produção tributário. No princípio do século XVI, seus domínios se estendiam de costa a costa, tendo ao norte os desertos e ao sul o território maia.

Os astecas, que atingiram alto grau de sofisticação tecnológica e cultural, eram governados por uma monarquia eletiva, e organizavam-se em diversas classes sociais, tais como nobres, sacerdotes, guerreiros, comerciantes e escravos, além de possuírem uma escrita pictográfica e dois calendários (astronômico e litúrgico).
       
Os astecas, que atingiram alto grau de sofisticação tecnológica e cultural, eram governados por uma monarquia eletiva, e organizavam-se em diversas classes sociais, tais como nobres, sacerdotes, guerreiros, comerciantes e escravos, além de possuírem uma escrita pictográfica e dois calendários (astronômico e litúrgico).

Ao estudar a cultura asteca, deve-se prestar especial atenção a três aspectos: a religião, que demandava sacrifícios humanos em larga escala, particularmente ao Deus da guerra, Huitzilopochtli; a tecnologia avançada, como a utilização eficiente das chinampas (ilhas artificiais construídas no lago, com canais divisórios) e a vasta rede de comércio e sistema de administração tributária.

O império asteca era formado por uma organização estatal que se sobrepôs militarmente a diversos povos e comunidades na Mesoamérica. Segundo Jorge Luis Ferreira, os astecas possuíam uma superioridade cultural e isso justificaria sua hegemonia política sobre as inúmeras comunidades nestas regiões, o que era argumentado por eles mesmos.

No período anterior a sua expansão os astecas estavam no mesmo estágio cultural de seus vizinhos de outras etnias. Por um processo muito específico, numa expansão rápida, passaram a subjugar, dominar e tributar os povos das redondezas, outrora seus iguais. É importante lembrar estes aspectos pelo fato de terem se tornado dominantes por uma expansão militar, e não por uma suposta sofisticação cultural própria e autônoma.

Apesar de sacrifícios humanos serem uma prática constante e muito antiga na Mesoamérica, os astecas se destacaram por fazer deles um pilar de sua sociedade e religião. Segundo mitos astecas, sangue humano era necessário ao sol, como alimento, para que o astro pudesse nascer a cada dia. Sacrifícios humanos eram realizados em grande escala; algumas centenas em um dia só não era incomum. Os corações eram arrancados de vítimas vivas, e levantados ao céu em honra aos deuses. Os sacrifícios eram conduzidos do alto de pirâmides para estar perto dos deuses e o sangue escorria pelos degraus. A economia asteca estava baseada primordialmente no milho, e as pessoas acreditavam que as colheitas dependiam de provisão regular de sangue por meio dos sacrifícios.

Durante os tempos de paz, "guerras" eram realizadas como campeonatos de coragem e de habilidades de guerreiros, e com o intuito de capturar mais vítimas. Eles lutavam com clavas de madeira para mutilar e atordoar, e não matar. Quando lutavam para matar, colocava-se nas clavas uma lâmina de obsidiana.

Sua civilização teve um fim abrupto com a chegada dos espanhóis no começo do século XVI. Tornaram-se aliados de Cortés em 1519. O governante asteca Montezuma II considerou o conquistador espanhol a personificação do Deus Quetzalcóatl, e não soube avaliar o perigo que seu reino corria. Ele recebeu Cortés amigavelmente, mas posteriormente o tlatoani foi tomado como refém. Em 1520 houve uma revolta asteca e Moctezuma II foi assassinado. Seu sucessor, Cuauhtémoc (filho do irmão de Montezuma), o último governante asteca, resistiu aos invasores, mas em 1521 Cortés sitiou Tenochtitlán e subjugou o império. Muitos povos não-astecas, submetidos à Confederação, se uniram aos conquistadores contra os astecas.



     A Sociedade

           A sociedade asteca era rigidamente dividida. O grupo social dos pipiltin (nobreza) era formada pela família real, sacerdotes, chefes de grupos guerreiros — como os Jaguares e as Águias — e chefes dos calpulli. Podiam participar também alguns plebeus (macehualtin) que tivessem realizado algum ato extraordinário. Tomar chocolate quente (xocoatl) era um privilégio da nobreza. O resto da população era constituída de lavradores e artesãos. Havia, também, escravos(tlacotin)

Havia, na ordem, começando do plano mais baixo:

§  Escravos
§  maceualli ou calpulli (membro do clã)
§  artesãos e comerciantes
§  pochtecas (grandes comerciantes)
§  sacerdotes, dignitários civis e militares.

O Imperador
    Os imperadores astecas em língua Nahuatl eram chamados Hueyi Tlatoani ("O Grande Orador"), termo também usado para designar os governantes das altepetl (cidades). Os imperadores astecas foram os maiores responsáveis tanto pelo crescimento do império, como para a decadência do mesmo. Ahuizotl, por exemplo, foi ao mesmo tempo o imperador mais cruel e o responsável pela maior expansão do império. Já Montezuma II (ou Moctezuma II), tendo sido um imperador justo e pacifico, foi também fraco em suas decisões, permitindo que os espanhóis entrassem em seus domínios, mesmo após a circulação de histórias de que estes teriam massacrado tribos, abalando fatalmente a solidez de seu império, e finalmente degenerando na sua extinção.
A sucessão dos imperadores astecas não era hereditária de pai para filho, sendo estes eleitos por um consenso entre os membros da nobreza.
Imperadores
§  Acamapichitli (1376–1395)
§  Huitzilíhuitl (1395–1417)
§  Chimalpopoca (1417–1427)
§  Itzcóatl (1427-1440)
§  Montezuma I (1440-1469)
§  Axayacatl (1469-1481)
§  Tízoc (1481-1486)
§  Ahuizotl (1486-1502)
§  Montezuma II (1502-1520)
§  Cuitláhuac (1520)
§  Cuauhtémoc (1520-1521)

A Religião
    Eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e acreditavam que se o sangue humano não fosse oferecido ao Sol, a engrenagem do mundo deixaria de funcionar.
:Os sacrifícios eram dedicados a:
§  Huitzilopochtli ou Tezcatlipoca: o sacrificado era colocado em uma pedra por quatrosacerdotes, e um quinto sacerdote extraía, com uma faca, o coração do guerreiro vivo para alimentar seu Deus;
§  Tlaloc: anualmente eram sacrificadas crianças no cume da montanha. Acreditava-se que quanto mais as crianças chorassem, mais chuva o Deus proveria.
No seu panteão havia centenas de deuses. Os principais eram vinculados ao ciclo solar e à atividade agrícola. Observações astronômicas e estudo dos calendários faziam parte do conhecimento dos sacerdotes.

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O Deus mais venerado era Quetzalcóatl, a serpente emplumada. Os sacerdotes formavam um poderoso grupo social, encarregado de orientar a educação dos nobres, fazer previsões e dirigir as cerimônias rituais. A religiosidade asteca incluía a prática de sacrifícios. Segundo o divulgado pelos conquistadores o derramamento de sangue e a oferenda do coração de animais e de seres humanos eram ritos imprescindíveis para satisfazer os deuses, contudo se considerarmos a relação da religião com a medicina encontraremos um sem número de ritos.

Há referências a um Deus sem face, invisível e impalpável, desprovido de história mítica para quem o rei de Texoco, Nezaucoyoatl, mandou fazer um templo sem ídolos, apenas uma torre. Esse rei o definia como "aquele, graças a quem nós vivemos".

    A Medicina

A antropologia médica situa o conhecimento mítico-religioso como forma de racionalidade médica se este se constitui como um sistema lógico e teoricamente estruturado, que preencha como condições necessárias e suficientes os seguintes elementos:

§  Uma morfologia (concepção anatômica);
§  Uma dinâmica vital ( "fisiologia");
§  Um sistema de diagnósticos;
§  Um sistema de intervenções terapêuticas;
§  Uma doutrina médica (cosmologia).
 Pelo menos parcialmente, o sistema asteca preenche tais requisitos. Apresenta-se como teoricamente estruturado, com formação específica (o aprendizado das diversas funções da classe sacerdotal), o relativo conhecimento de anatomia (comparado com sistemas etnomédicos de índios dos desertos americanos ou florestas tropicais) em função, talvez, da prática de sacrifícios humanos mas não necessariamente dependente dessa condição. Há evidências que soldavam fraturas e punham talas em ossos quebrados.

A dinâmica vital da relação tonal (tonalli) – nagual (naualli) ou explicações do efeito de plantas medicinais são pouco conhecidos, contudo o sistema de intervenções terapêuticas através de plantas medicinais, dietas e ritos são evidentes. A doutrina médica tradicional por sua vez, também não é bem conhecida.

No sistema diagnóstico encontramos quatro causas básicas: Introdução de corpo estranho por feitiçaria; Agressões sofridas ao duplo (nagual); Agressões ou perda do tonal; e influências nefastas de espíritos (ares).

Em relação a esse conjunto de patologias, os deuses representavam simultaneamente uma categoria de análise de causa e possibilidade de intervenção por sua intercessão. Tlaloc estava associado aos ares e doenças do frio e da pele (úlceras e lepra) e hidropsia; Ciuapipiltin às convulsões e paralisia; Tlazolteot às doenças do amor que inclusive causavam a morte(tlazolmiquiztli ); Ixtlilton curava as crianças; Lume, ajudava as parturientes; Xipe Totec era o responsável pelas oftalmias.

  Plantas e Técnicas

O tabaco e o incenso vegetal (copalli) estava presente em suas práticas. Seus ticitl (médicos feiticeiros) em nome dos deuses realizavam ritos de cura com plantas que contém substâncias enteógenas ( Lophophora williamsii ou peiote; Psylocybe mexicana, Stropharia cubensis -cogumelos com psilocibina; Ipomoea violacea e Rivea corymbosa - ololiuhqui) que ensinam a causa das doenças, mostram a presença de tonal (tonalli), e agressões infligidas ao duplo animal ou nagual (naualli) os casos de enfeitiçamento ou castigo dos deuses.

Entre os remédios mais conhecidos estava a alimentação dos doentes com dietas a base de milho e ervas tais como: passiflora (quanenepilli), o bálsamo-do-peru (Myroxylon peruiferum L. f.), a raiz de jalapa, a salsaparrilha (iztacpatli /psoralea) a valeriana o cihuapahtli ou zoapatle (Montanoa tomentosa), empregado como auxiliar do trabalho de parto com seu princípio ativo análogo à ocitocina associado à purhépecha (Manzanilla - Matricaria recutita L.) ou equivalente, com suas propriedades sedativas, entre centenas de outras registradas em códices escritos dos quais nos sobraram fragmentos.


   Cidades Históricas

§  Tenochtitlán

§  Coatepec
§  Chapultepec
§  Itzapalapa
§  Iztapam
§  Tlacopán
§  Coyotepec

  http://pt.wikipedia.org/wiki/Astecas